O papel artesanal constitui, indubitavelmente,
um elo de ligação entre a arte e a natureza. Ele promove o uso das mãos,
reutiliza o lixo ecológico e industrial. Está portanto, perfeitamente inseridos
na realidade atual em termos de cultura, realização artística, arte-educação,
recursos econômicos, terapia ocupacional e mais uma grande série de benefícios
que podem proporcionar à sociedade de baixa renda.
A técnica de produção de papel
artesanal foi inventada pelo chinês T’sai Lun no ano 105 d.C.. Introduzida no
Brasil, demonstrou ser uma técnica simples, de baixo custo, acessível a todas
as camadas sociais e a todas as idades, com aplicações muito variadas, desde a
produção de um cartão postal ou um envelope até a de obras de arte.
O papel obtido por este processo
está prolongado a vida de papéis que seriam descartados, o que é interessante
do ponto de vista ecológico. Reciclando esses papéis, usando ou não, eles se
transformam num novo papel, com outra roupagem.
Em poucas palavras, esse processo
consiste em desfazer esses papéis, em liquidificador doméstico, soltando
fibrilas e separando-as umas das outras, produzindo uma polpa de fibrilas, que
serão depois novamente reunidas e com as quais é feito novas folhas de papel. A
reunião das fibrilas é facilitada pela cola existente em todo papel industrializado, não necessitando novo
encolamento, a não ser excepcionalmente.
O papel resultante é semelhante
ao que se reciclou e tem as mesmas características. Pode-se eventualmente
melhorá-lo acrescentando fibras de melhor qualidade ou mesmo fibras naturais.
Ao preparar a polpa podemos usar a nossa criatividade pois as possibilidades
são infinitas, levando em consideração o resultado pretendido e a finalidade do
papel a ser produzido.
Papéis impressos ou de revistas
não são recomendáveis pela tinta que contêm, sendo preferíveis os não
impressos, mas ocasionalmente também poderão ser usados.
Pode-se obter superfícies texturizadas,
no papel, usando a base com texturas bem pronunciadas. Há uma infinidade de
maneiras de incluir raminhos de plantas, flores, recortes de papel,
fotografias, e muitos outros. Pode-se colocar harmoniosamente sobre a folha de
papel para que não se soltem e passem a constituir parte integrante do papel,
sem dar a impressão de estarem apenas colados. O efeito obtido sugere muita
espontaneidade e naturalidade. Com folhas secas, cujas nervuras sejam bem
salientes, pode-se marcar o papel ainda molhado, conseguindo efeitos bonitos,
também pode-se incluir, flores secas ou
penas de aves.
Solte sua imaginação, crie asas
de papel e voe por este mundo mágico até o infinito.
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